História natural da doença

 

    A doença inicia-se habitualmente com sintomas ligeiros sendo a progressão da doença lenta. Todos os medicamentos comercializados limitam-se a tratar os sinais e sintomas da doença. É actualmente reconhecida a existência de um período anterior ao aparecimento dos primeiros sintomas (período pré-clínico). Neste período, normalmente não existem sintomas perceptíveis, a alteração do olfacto nesta fase pode ser um sintoma útil no diagnóstico inicial da doença.

    Existem três factores que são reconhecidos como preditores de progressão da incapacidade, são eles, a forma de apresentação de predomínio tremórico, a idade de inicio e o declínio cognitivo e doença. Os doentes em que a forma de apresentação predominante é o tremor têm um melhor prognostico (uma grande percentagem dos doentes (70%), em que o tremor foi a primeira manifestação da doença permanecem em estádios menos avançados da doença). [1]

    Como já foi mencionado, existe um período pré-clinico que antecede a doença, assim, também existe um período pós-diagnostico que se sucede á doença. Hoehn e Yahr efectuaram um estudo que abordou a evolução da doença onde desenvolveram uma escala que incluí vários estádios (estes avaliam sinais clínicos e independência funcional). A sua aplicação ao longo do tempo permite avaliar a progressão da doença.

 

    Mortalidade

 

    Antes da introdução da levodopa, a esperança média de vida era de cerca de 10 anos. Apesar de os cuidados de saúde terem melhorado muito desde o século XIX a esperança media de vida não se modificou muito, uma vez que a esperança média de vida actual é de cerca de 15 anos, após o inicio do Parkinsonismo. As principais causas de morte na DP são infecções respiratórias e urinárias, embolismo pulmonar e complicações após quedas e fracturas. Os dados disponíveis sobre a mortalidade na DP são heterogéneos, variando entre um factor menor do que 1 e 3. Esta discrepância está provavelmente relacionada com factores de enviesamento na selecção dos doentes (tais como, existência de co-morbilidades, estádio da doença e especificidade diagnosticada). [1]

 

    Referências bibliograficas 

1.        Levy, Alice; Ferreira Joaquim. Manual Pratico da Doença de Parkinson.